Ambliopia
O que é Ambliopia?
O termo ambliopia é originário do grego (amblios = tolo e ops = visão) e significa literalmente ‘visão boba’. Trata-se da diminuição da acuidade visual, uni ou bilateral, porém sem lesão ocular ao exame oftalmológico que justifique a baixa da visão. O problema é meramente funcional e pode ocorrer mesmo com uso de óculos.
Quais são as causas da doença?
A ambliopia aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão. O olho amblíope não apresenta um amadurecimento normal da visão e é popularmente conhecido como “olho preguiçoso”. A incidência de ambliopia em crianças em idade escolar é alta e deve ser tratada nos primeiros anos de vida.
O Estrabismo, a Catarata e o Glaucoma congênitos, Retinoblastoma ocular e qualquer outro fator que impeça a formação da imagem nítida na retina são as causas mais frequentes da ambliopia. No entanto, o estrabismo ainda é responsável por grande parte dos casos de ambliopia.
O mecanismo de formação da visão pelo nosso cérebro consiste em juntar as duas imagens, uma de cada olho, numa imagem única. Porém quando o cérebro recebe imagens muito diferentes entre si (ambliopia), é impossível sua fusão e o mecanismo utilizado pelo cérebro é suprimir a imagem do olho “ruim”, logo, este olho não está enxergando de verdade. Porém o estímulo da visão é importante para que o desenvolvimento visual seja finalizado. Nesses casos o desenvolvimento se estaciona num estágio precoce e se não for adequadamente tratado, se tornará amblíope.
Quais são os tratamentos da doença?
O tratamento clássico e mais conhecido da ambliopia é a oclusão (uso do tampão ocular) do olho de melhor visão. Ao se tapar o olho de melhor visão, resta apenas a visão do olho “preguiçoso”, portanto, ele será forçado a enxergar e com isso pode completar o seu desenvolvimento. Porém as ambliopias precisam ser tratadas até 7/8 anos de idade, idade esta que o desenvolvimento e a plasticidade visuais se encerram. O tempo para o tratamento com a oclusão depende da intensidade e da idade do paciente. Vem daí a necessidade de realizar consultas periódicas e anuais desde o nascimento da criança, com a primeira consulta logo após o parto, para avaliação do fundo do olho e realização de mapeamento de retina, onde podem ser detectadas precocemente más formações retinianas, retinoblastoma, catarata e glaucoma congênitos.
Caso o olho amblíope não tenha sido tratado na infância, a dificuldade visual será irreversível.